Equilíbrio e Natureza

Sem dúvida alguma, os antigos conceitos taoístas são difíceis de compreender no Ocidente. A nossa cultura está muito distante da relação amigável que os orientais possuem com a natureza, do conhecimento e das filosofias espirituais de países como China e Índia. 

Nós separamos o homem e o deslocamos da sua universalidade, da sua participação no cosmos. A concepção dos animais e da natureza levou o homem a se considerar o centro do universo, com o direito de maltratar e decidir o futuro de outros seres vivos. 

Infelizmente, a maioria da população atual chinesa tem adotado o padrão predatório que prevalece no Ocidente. 

Essa ruptura do equilíbrio com o todo nos separa dos animais, os quais, durante milênios nossa espécie havia respeitado e usado exclusivamente de acordo com suas necessidades fisiológicas. 

Se nos desenvolvemos para nos tornarmos a espécie dominante, foi graças à sabedoria dos animais, embora, indiscutivelmente, o sucesso não se tenha dado sem alterações significativas em nosso meio, a ponto de termos extinto inúmeras espécies e termos posto em perigo até a nossa própria sobrevivência.  

Observamos que, paradoxalmente, enquanto alguns setores da sociedade vêm destruindo a natureza, outros grupos surgem com o intuito de defendê-la. 

Inquestionavelmente, não podemos deixar de pensar que é urgente encontrar uma maneira de restaurar o equilíbrio com nossos antigos mestres, os animais, antes que seja tarde demais.

📷Fotos da fotógrafa Polonesa Equilíalicja Brodowicz que criou um projeto intitulado ‘Exercícios Visuais’. Ele mescla a natureza com o corpo humano e tem por objetivo enfatizar a relação única que temos com o meio.