Outono: uma visão da Medicina Tradicional Chinesa

O sol já não é tão forte, os dias começam a diminuir e o frio aumenta com o passar dos meses. O outono é a estação de transição do tempo quente de verão para o frio de inverno. 

Os seres são microcosmos inseridos no macrocosmo (universo). A relação entre o macro e o micro faz com que estejam sujeitos aos mesmos ciclos da natureza. Isto é, o que acontece no meio externo, também acontece no interior. 

O outono está relacionado ao Movimento Metal. Nessa fase a energia começa a se condensar, se contrair e se voltar para dentro, para assim acumular e armazenar. É a fase de libertar tudo o que está gasto, assim como as folhas das árvores que caem. Necessário também conservar energia, caso contrário, não haverá força suficiente para a passagem do inverno.

O órgão do Metal é o Pulmão e a víscera é o Intestino Grosso. Os pulmões recebem o ar limpo e fresco da estação, são preenchidos com oxigênio e abrem espaço para o novo se manifestar. Já o Intestino Grosso é responsável pela eliminação dos resíduos. É a última etapa da digestão. Resgata tudo que o organismo não precisa e libera, mantendo apenas o que é vital e importante para o bom funcionamento do corpo.

O Pulmão é o órgão mais exterior, é a primeira linha de defesa contra elementos patogênicos externos. Com a diminuição das temperaturas e o aumento na intensidade de ventos frios, se torna um órgão muito vulnerável. As energias perversas como o vento e o frio invadem o corpo pela cervical, o que torna indispensável a proteção desta área durante toda a estação.

A sensação de secura também é comum, uma vez que o Pulmão é o órgão mais exterior, é também o que mais se relaciona com a pele. Nesse período ela pode ficar mais seca e vulnerável a irritações. A manutenção da hidratação é fundamental. Sendo o Intestino Grosso a víscera associada ao Metal, observa-se uma maior incidência de problemas de constipação nesse período.

A emoção do Metal é a tristeza. Ela é natural e saudável se não reprimida. Expressar a tristeza é permitir que ela se dissolva, muitas vezes em lágrimas, para então, enfim, ir embora.